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‘Sonhei a noite inteira com o que aconteceu’, diz refém de quadrilha que atacou bancos em Ipameri

A madrugada desta quarta-feira (9) foi de pesadelos para o mototaxista Danilo Ribeiro Luiz de Araújo, de 39 anos, refém do grupo que explodiu três agências bancárias, uma dos Correios e uma relojoaria na madrugada de terça em Ipameri, na região Sudoeste de Goiás. “Sonhei a noite inteira com o que aconteceu”, relata.

Ele voltava de casa e seguia para o ponto de mototáxi quando viu fumaça saindo da agência da Caixa Econômica Federal (CEF). Ao parar a alguns metros para ver o que estava acontecendo, foi abordado por dois homens armados com fuzis. “Eles mandaram descer da moto, tirar a blusa de frio e a camisa. Nunca passei por isso, nem assaltado fui”, contou.

Danilo conta que ficou sob a mira das armas por cerca de 1 hora e 15 minutos e viu praticamente quase tudo o que aconteceu. Após a explosão da CEF, o grupo seguiu para a agência dos Correios, depois para a do Banco do Brasil e por último para o Itaú. “Quando eles me abordaram a agência da Caixa já estava danificada e cheia de fumaça. Sempre que eles mudavam de agência, me mandavam na frente para ver se tinha alguma coisa, voltar e contar para eles”, explicou.

O grupo, segundo Danilo, atirou do começou ao fim, sempre para o alto. O mototaxista afirma que teve medo que uma destas balas o atingisse. No entanto, a vítima ressalta que o tempo que ficou sob a mira das armas, os suspeitos ficavam falando que era para ele ficar tranquilo, que nada iria lhe acontecer. “Eles não me agrediram e afirmavam, a todo momento, que eu ia sair de boa”, pontua.

O momento mais delicado para Danilo, foi quando os suspeitos o liberaram perto da agência do Banco do Brasil. Ele pensou que seria baleado pelas costas enquanto caminhava, mas isso não aconteceu. O mototaxista afirma ainda que não viu o grupo arrombar a relojoaria. “Só fiquei sabendo depois, quando me contaram”, enfatiza.

Assim que o grupo foi embora, Danilo retornou para casa, onde mora com sua mãe. A genitora após ouvir tudo que o filho passou pediu para ele ficar na residência e não voltar para o trabalho. Mas ontem, o mototaxista trabalhou até às 21h30. “Quando passo pelas ruas vem na memória tudo que passei e fico me perguntando se isso aconteceu comigo mesmo”, finaliza.

Danilo já prestou esclarecimentos na Polícia Civil sobre o ocorrido.

Fonte: O Popular / Ivânia Cavalcanti

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