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Sete pessoas são indiciadas pela morte de agente penitenciário, em Anápolis

Eduardo foi executado no segundo dia do ano após sair de um plantão. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sete pessoas foram indiciadas pela morte do vigilante penitenciário Eduardo Barbosa dos Santos, de 34 anos. O inquérito do caso foi apresentado na manhã desta quarta-feira (21) – o vigilante foi atingido por cerca de 30 disparos no último dia 2 de janeiro em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

Segundo o delegado da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic), Valdemir Pereira da Silva, que auxiliou nas investigações junto com o Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Anápolis, elementos da investigação identificaram Wanderson Rithiele Assis Santana, vulgo Bola, como líder do pavilhão C do presídio de Anápolis. O mesmo local passou por uma revista no dia 29 de dezembro de 2017, na qual agentes apreenderam drogas e celulares na cela.

“Eduardo foi um dos agentes que participou desse procedimento. Pelo fato do Wanderson exercer função hierárquica no pavilhão, não é possível desassociar o nome dele com o crime investigado, pois eles foram ‘prejudicados’”, conta.

Apesar da precisão do crime, Eduardo foi uma vítima aleatória. Segundo Valdemir, a ordem seria para matar dois policiais militares, mas não deu certo. “Posteriormente, eles chegaram a realizar uma emboscada para matar agentes da escolta prisional, mas também falharam. Assim, a ordem foi seguir o primeiro agente que saísse do presídio naquele dia”, destaca.

Autores

Eduardo foi abordado por um VW Spacefox nas proximidades da residência que morava. Dentro do veículo havia dois suspeitos que, após realizar o crime, fugiram. O delegado conta que foi possível chegar até um homem chamado Bruno César, tido como dono do veículo. Após confirmação da informação por familiares dele, a polícia chegou em Wellington dos Santos Fernandes Miranda.

“Wellington estava morando na mesma casa de Bruno. Ele confessou que realizou os disparos, mas não deu detalhes de autoria do crime. Ele contou que Bruno o ajudou na fuga. Exatos três dias depois, Wellington, Islouvick Richars Salles e Klayton Silva Carvalho mataram Bruno por queima de arquivo”, lembra Valdemir.

Karlla Juliana da Silva é esposa de Wanderson e tida como ajudante em esconder suspeitos do crime. Todos os indiciados estão presos e responderão por homicídio qualificado, exceto Klayton que morreu há um mês em confronto com a Polícia Militar, em Goiânia.

Outra morte

Edinaldo Monteiro foi morto no mesmo dia que Eduardo; investigações continuam (Foto: Arquivo Pessoal)

No mesmo dia da morte de Eduardo, outro agente penitenciário foi morto. Edinaldo Monteiro foi executado dentro do próprio carro enquanto voltava do velório do colega.

O agente penitenciário já havia sido preso na segunda fase da Operação Regalia, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás no dia 21 de novembro de 2017. Segundo as investigações da época, ele era um dos responsáveis por receber propina dos presos para autorizar regalias no interior do presídio. Sobre esse caso, o titular da Deic alegou que as investigações ainda estão em andamento.

Após a morte dos vigilantes, alguns presos foram transferidos para Aparecida de Goiânia e outros para o recém inaugurado presídio de Formosa, no Entorno do Distrito Federal.

Fonte: Mais Goiás

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