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Oito dos nove goianos em presídios federais respondem por tráfico

Iterley Martins de Sousa, um dos goianos que estão em presídios federais (Foto: Mantovani Fernandes)
Iterley Martins de Sousa, um dos goianos que estão em presídios federais (Foto: Mantovani Fernandes)

Iterley Martins de Sousa, um dos goianos que estão em presídios federais (Foto: Mantovani Fernandes)

Tráfico de drogas é um dos crimes pelos quais oito dos nove presos goianos que estão em presídios federais atualmente foram condenados. Há ainda cumprimento de pena por homicídios, roubos, sequestro, rebelião, além porte de armas. Dois deles podem voltar às unidades prisionais de origem em breve, se o habeas corpus com pedido de liminar da Defensoria Pública da União, no STF, for concedido.

O decreto que regulamenta a lei 11.671, que dispõe sobre a inclusão de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima fixa que, para transferência para esse tipo de instituição, o preso deve ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; ter praticado crime que coloque em risco sua integridade física no ambiente prisional de origem; estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado – RDD; ser membro de organização criminosa, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça; ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa condição represente risco à sua integridade física no ambiente prisional de origem; ou estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional de origem.

O período de permanência do preso em presídio federal de segurança máxima, segundo a lei, não pode ser superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, renovável pelo mesmo período, excepcionalmente, quando solicitado pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência.

Estão há quase dois anos em presídios federais os detentos Cícero Gomes Furtado Pinheiro Teles, de 37 anos, e Williansmar Silva Melo, de 30. Cícero é condenado a cumprir pena de 20 anos e 9 meses pelos crimes de roubo, tráfico e evasão mediante violência contra a pessoa, tendo crimes nas cidades de Goiás, Itaberaí, Luziânia e Alvorada do Norte e seria especialista em roubo de gado.

Retorno previsível

O tenente coronel Newton Nery de Castilho, superintendente Executivo de Administração Penitenciária, disse que “independente do hc, o retorno dos presos já era previsível. Mesmo porque é preciso abrir vaga para outros irem”.

Williansmar é considerado extremamente perigoso, condenado a 15 anos e 4 meses pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e já liderou uma rebelião no presídio de Itajá. Chegou a ficar preso no Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde cumpriu diversas sanções disciplinares. Ele está em Catanduvas.

Os outros detentos que estão em presídios federais podem permanecer onde estão pelo menos até janeiro do ano que vem.

Condenado a 22 anos e 4 meses pelos crimes de roubo, lesão corporal e dois homicídios, Leandro Cássio da Silva, de 35, foi encaminhado para um presídio federal em julho deste ano.

Washington Fabiano Rodrigues Dorado, de 31, condenado a 3 anos de 6 meses por posse de arma, e Ubirajara Rodrigues Vieira Júnior, foram presos pela Polícia Federal em novembro de 2016, na Operação Cavalo Doido, que desarticulou organização criminosa de tráfico internacional de drogas em que 25 pessoas foram presas e mais de 10 toneladas de drogas foram apreendidas. Os dois estão no Presídio Federal de Catanduvas.

Preso também pela Polícia Federal por tráfico internacional de drogas, Fabiano Júnior da Silva Tomé foi flagrado como co-piloto e proprietário de um bimotor que transportava 635 quilos de cocaína da Bolívia. O avião foi interceptado pela Força Aérea Brasileira e fez um pouso de emergência em Jussara.

Weverton Luiz Henrique Rodrigues, de 24, também está em presídio federal. Ele foi condenado a 30 anos e 2 meses de cadeia pelos crimes de roubo, posse e porte de arma, tráfico de drogas e sequestro.

Luciano Norval de Queiroz, de 38, condenado a 53 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de roubo, homicídio, corrupção de menores, tráfico e associação para o tráfico de drogas, cumpria pena inicialmente na Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal.

Preso por tráfico de drogas e por homicídio, condenado a pena de 52 anos e 6 meses, Iterley Martins de Sousa, de 34, comandava o tráfico de drogas na região sudoeste de Goiânia e travava uma disputa pela expansão da área de tráfico com o chefe da Região Oeste da capital, Thiago César de Sousa, o Thiago Topete, morto em uma rebelião no início do ano.

De dentro da cadeia ele ordenava mortes e comandava o tráfico. Atualmente está no Presídio Federal de Campo Grande e ainda teria influência junto a atual liderança na Ala B da POG, nas mãos de membros do Comando Vermelho, que em Goiás, se intitulam de Trem Bala. O grupo ainda é rival dos presos da Ala C, antigo domínio de Thiago Topete, hoje liderado pelo sobrinho dele, Jhon Kley Pascoal de Souza, o Bozo, que faria parte do PCC.

Fonte: Opopular / Por: Rosana Melo

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