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GIH / 5ª DRP – Delegado Rafael Abrão acompanha ministro da Educação à escola onde professor foi assassinado, em Valparaíso

Palco do assassinato do professor e coordenador Júlio César Barroso de Sousa na última terça-feira (30), o Colégio Estadual Céu Azul, em Valparaíso de Goiás – distante 185 quilômetros da Capital -, recebeu a visita, nesta sexta-feira (3), do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O DELEGADO RAFAEL ABRÃO, titular do GRUPO DE INVESTIGAÇÃO DE HOMICÍDIOS da 5ª DELEGACIA REGIONAL DE POLÍCIA DE LUZIÂNIA, acompanhou o encontro do ministro com profissionais daquela unidade educacional.

“Weintraub mostrou-se sensibilizado com o ocorrido e procurou demonstrar apoio à comunidade escolar e aos familiares da vítima. Também repassamos a ele informações que nos foram solicitadas, como os antecedentes criminais do adolescente L.R.L., de 17 anos, responsável pelos dois disparos contra o professor”, contou o DELEGADO, responsável pelas investigações deste crime. O colégio está de luto até o dia 13 de maio.

Durante a reunião com a comunidade escolar, o ministro se comprometeu a dar mais atenção aos profissionais da rede básica de ensino, enfatizando que casos como esse não podem se tornar rotineiros nas escolas. RAFAEL ABRÃO classificou a ida do titular do MEC ao colégio como “louvável”, mas ponderou: “Esperávamos que ele apresentasse alguma medida concreta por parte do ministério que impactasse diretamente os alunos, sobretudo no que diz respeito à disciplina em sala de aula, e que também pudesse resgatar valores básicos, como o respeito ao professor. Sentimos falta de um plano de ação, por exemplo”.

DESDOBRAMENTOS
O titular do GIH/5ª DRP ainda informou que a internação provisória do menor tem prazo de 45 dias, mas, com a conclusão do inquérito, a Justiça pode decidir pela apreensão dele por até três anos. L.R.L. deve ser encaminhado para este centro localizado na Capital ainda neste sábado.

“Estamos terminando de ouvir as testemunhas, solicitando o laudo da arma para fazer o confronto balístico com os projéteis retirados do corpo da vítima. O laudo final do corpo deve sair em 30 dias, mas vamos concluir o inquérito em 10 dias e remeter à Justiça para que possa decidir o quanto antes sobre a apreensão dele”, informou ABRÃO. “ao menor será atribuído o ato infracional análogo ao crime de homicídio”, complementou.

O DELEGADO contou que o estudante escondia a arma do crime dentro de um urso de pelúcia em sua residência e que ele possuía a arma há cerca de um ano. O próprio aluno, que confessou o crime em depoimento, teria levado a Polícia Civil até o local onde escondeu o objeto.

RELEMBRE
O professor Júlio César morreu após ter sido atingido por dois tiros no pátio da escola. O adolescente havia discutido com uma professora na manhã de terça-feira (30). Júlio interviu e disse que iria transferir o estudante de unidade. O jovem regressou à escola armado horas depois, discutiu novamente com o coordenador e efetuou quatro disparos.

Quando o professor percebeu que o estudante estava armado, tentou correr, mas foi atingido por um tiro na cintura e outro na cabeça. Os outros dois disparos não acertaram o docente. O Samu chegou 20 minutos após os tiros serem efetuados, mas Júlio não resistiu aos ferimentos e faleceu.

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