“Fake News” na mira da Superintendência de Inteligência da SSP
O superintendente de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP), DELEGADO DANILO FABIANO, e o analista de inteligência da superintendência, Renato Costa, afirmam que toda a demanda de checagem de informações com potencial de serem “Fake News” (notícias falsas) durante a campanha eleitoral no Estado será encaminhada exclusivamente pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). “Vamos trabalhar com nossa equipe de inteligência para produzir um relatório técnico com o resultado da checagem. Qualquer informação que vier nós teremos condições de checar”, disse Danilo Fabiano.
Um acordo de cooperação entre a SSP e o TRE foi assinado para combater o compartilhamento de notícias falsas durante as eleições em Goiás. A cooperação teria sido uma iniciativa da própria SSP após o desenvolvimento pela superintendência de Inteligência do órgão de uma ferramenta que já vinha sendo usada para auxílio das forças de segurança na identificação de possíveis boatos envolvendo casos de violência.
O delegado explica também que caberá à equipe da SSP apenas fazer o serviço de checagem, em auxílio ao TRE, cabendo ao juiz que requisitou o serviço tomar qualquer providência, como uma possível determinação de retirada da postagem do ar ou impedimento de circulação da notícia. Também será de responsabilidade da Justiça Eleitoral determinar alguma investigação para responsabilizar a autoria dos fake news e decidir pela divulgação ou não das notícias checadas.
Caso a Justiça decida levar adiante o processo contra o autor de uma notícia falsa, este pode ser processado por três tipos de crimes: eleitoral, contra a honra e por danos morais. As investigações seriam então encaminhadas ou para a Polícia Civil ou para a Polícia Federal, dependendo da avaliação do juiz.
DELEGADO DANILO FABIANO conta que o serviço de checagem desenvolvido pela SSP foi testado com sucesso em alguns casos e citou o uso da ferramenta durante a greve dos caminhoneiros, quando muitas notícias falsas estavam circulando nas redes, causando bastante confusão sobre o andamento da paralisação e até mesmo interferindo no andamento dela.
Em entrevista ao POPULAR, Fabiano e Renato Costa deram mais detalhes sobre como funciona a ferramenta de checagem, os critérios a serem considerados na hora de avaliar a veracidade da notícia e comentaram sobre o que esperar deste trabalho, que é inédito no País feito por um órgão do Estado.
*Matéria publicada no jornal O Popular.