“Desejamos um concurso com uma lisura impecável. Não admitiremos que ninguém entre pela ‘porta dos fundos’”, diz presidente do Sindepol
“Exercer a função de Delegado de Polícia é extremamente gratificante. Nos sentimos uteis quando concluímos alguma investigação, prendemos um criminoso e o entregamos para a Justiça. A sociedade clama por segurança”, disse a presidente do Sindepol, Silvana Nunes Ferreira, em entrevista à Rádio Brasil Central (RBC) sobre o concurso em andamento com 100 vagas para delegados. “Desejamos um concurso com uma lisura impecável. Não admitiremos nenhum tipo de pessoa que tente entrar pela porta dos fundos”, enfatizou.
Mas mesmo com a realização deste certame, cujas provas serão aplicadas no próximo dia 12 de agosto, ainda haverá déficit de delegados nos quadros da Polícia Civil, avalia a presidente do sindicato: “As 100 vagas oferecidas vão prover parte deste déficit, cujo número oscila muito, e por várias razões (como pedidos de aposentadorias, entre outros). A estimativa é de que ainda teremos pelo menos 80 vagas em aberto”.
De acordo com Silvana Nunes Ferreira, umas das questões que mais “atormenta” a Polícia Civil nos dias atuais é, justamente, a falta de efetivo: tanto de delegados quanto de outros profissionais, como agentes, escrivães e papiloscopistas. “Devemos lembrar que o trabalho da PC se desenvolve em equipe, cada um com suas funções e responsabilidades. Não adianta suprir 100 vagas para delegados e eles não terem equipe para trabalhar”, resume.
A presidente do Sindepol afirma ainda que quando o sindicato apresentou a demanda de realização de um novo concurso público, também pleiteou vagas para os demais cargos que integram a Polícia Civil. “Mas devido a um problema de legislação, não foi possível essa inclusão. Agora, com a proximidade das eleições, o governo estadual teria até o dia 1o de julho para encaminhar à Assembleia Legislativa o projeto com a abertura dessas novas vagas (para escrivães, agentes e papiloscopistas). O prazo existe, pois esta é uma proposta que tem impacto financeiro”, explica. “Agentes e escrivães tiveram nomeações no ano passado, mas o déficit ainda é grande”, acrescenta.
Prova oral
Para Silvana Nunes, apesar da importância do anúncio do concurso para delegados, alguns detalhes poderiam ser melhorados em um próximo processo seletivo. “Seria salutar ter a etapa de prova oral, pois ela consegue filtrar hipóteses de fraudes e, ainda, separa o candidato que não esteja realmente preparado para assumir um cargo tão importante”.
As inscrições para o concurso começaram no último dia 12 de junho e prosseguem até 11 de julho. A responsabilidade de organizar o certame é da Universidade Estadual de Goiás (UEG). O valor da taxa é de R$ 200 e o salário para os aprovados é de R$ 19.242,52.
*Assessoria de Comunicação – Sindepol