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2014: ano da segurança?

2014: ano da segurança?Por Altair Tavares

A primeira semana de dezembro colocou a segurança de volta ao debate sobre as prioridades para a área, mas por uma perspectiva completamente diferente do que aconteceu durante a campanha eleitoral. O assalto aos carros-fortes com a morte de três vigilantes revelou uma ação audaciosa de grupos fortemente armados. A comunidade sentiu a dor das famílias dos mortos e o medo diante de grupos que ignoram a força de segurança do governo de Goiás. Este, inclusive, prometeu “o ano da segurança”.

Ao fim da semana, a Polícia Militar lançou o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) para demonstrar que reforçou o aparelhamento bélico e humano na estrutura da sua corporação. Simbolicamente, o mesmo nome adotado em diversos outros Estados para demonstração de força aos que pensam em promover atos violentos contra a sociedade. A tropa de elite incorporou o Comando de Operações Especiais (COE) e atuará de forma aquartelada, ou seja, só vai ao campo nos momentos mais críticos.

A Polícia Civil e a Militar reforçaram sua ação contra o roubo a bancos com a apresentação de quatro integrantes de uma quadrilha, vivos, enquanto outros cinco foram mortos no confronto com a corporação, após uma ação contra uma agência bancária em Itapirapuã. Ou seja, ao mostrar um dos integrantes, chegou à afirmação de que se tratava de um dos mais perigosos ladrões de banco de todo o país.

O debate sobre a falta de segurança, ou a insegurança, prossegue. Mas, agora, sem aquele calor exagerado da campanha eleitoral. Aliás, poucos, ou quase ninguém criticou o atual estado de coisas. A polícia e a sociedade levaram um duro golpe por causa da morte dos vigilantes nos carros-fortes, mas o aparelho de segurança do Estado deu uma resposta contra outra quadrilha.

O ano vai terminar com a presença do medo na sociedade goiana. Ele está espalhado por todos os lados, tanto na capital quanto no interior. Não falta confiança para que a força policial consiga conter esta onda, afinal, o cidadão não tem outro caminho que não seja confiar na sua polícia. E não há sinais de que haja um distanciamento entre estas partes, ainda. O ano da segurança, prometido pelo governador Marconi Perillo, no começo de 2014, aconteceu? É hora do balanço.

Fonte: Jornal Tribuna do Planalto

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